Quando postar virou um "oi sumido" para o vazio.

Jul 10, 2025Por Fabiane Maimone
Fabiane Maimone

Quando postar virou um “oi sumido” para o vazio.

Eu sempre me queixei bastante da falta de resultados das minhas redes sociais, dado o meu péssimo relacionamento com o algoritmo.

E foi aí que caiu a ficha: eu estava mantendo um relacionamento tóxico com ele.

Sabe aquele tipo de relação em que você até se esforça, mas está sempre pisando em ovos, nunca sabe se vai agradar, e não importa o que você faça, se sente sempre ignorada? É isso.

Eu me sentia invisível, cansada e com raiva — postando com a energia de quem manda um “Oi sumido” sabendo que vai levar vácuo. 

O algoritmo, como todo bom manipulador emocional, é imprevisível.

Um dia te entrega, no outro te esconde.
Te recompensa só quando você se comporta exatamente como ele espera.
Exige consistência, mas nunca se compromete.

E quando você começa a se sentir exausta, ele ainda te faz acreditar que a culpa é sua. Que você não se esforçou o suficiente. Que falta nicho, CTA, legenda estratégica, carrossel com começo-meio-fim e uma dancinha no final.

E aí entra a pergunta que vale ouro:

Por que a gente insiste tanto em dar poder a uma lógica que nos exige performance o tempo todo, mas oferece tão pouco afeto de volta?

O problema nunca foi o algoritmo.

O problema é quando a gente se molda tanto ao que ele quer, que perde o fio da própria verdade no meio do caminho.

E eu, que vivo falando de coragem, precisei lembrar: coragem também é dizer “não” ao que te suga — mesmo que esse “sugador” tenha forma de app.

Desde então decidi parar de tentar agradar o algoritmo e começar a postar o que estou a fim. Parei de pensar em escrever para máquina e voltei a escrever o que sinto. 

Mas, e agora? Será que ele vai gostar? 

Liguei a sutil arte. Não é mais problema meu.

Se você também anda se sentindo sugado por essa lógica de performance sem alma, respira. Não precisa se moldar para caber no algoritmo — mas talvez precise de coragem pra voltar a caber em você.

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